terça-feira, 9 de novembro de 2010

Hallo!

 O último livro que li de Woody Allen foi adultérios, na verdade foi escrito para serem várias peças de teatro, todas sobre relações extra-conjulgais -hhhmm é mesmo? rsrs- um livro muito bom, por sinal.
 Além desse li também o cuca fundida, são contos, mostrando a sorrateira rotina a que somos apegados, sempre com seu típico e perceptível toque de ironia e sarcasmo.
 Como ando numa fase meio cinéfila, nesses dois últimos dias por saudade, resolvi assistir alguma coisa de Allen. Excêntrico, chato diretor, ator e autor.

•O primeiro foi "A rosa púrpura do Cairo" (em inglês, The purple rose of Cairo), que se passa na época da grande depressão econômica dos EUA. Cecília é uma grande amante de cinema, e é casada, com um cara que bate nela. O trabalho não vai bem, a convivência em casa também não. Assim, ela usa o cinema como sua fonte de escapatória, e acredita tão piamente que seria melhor uma vida numa dessas histórias, que assistindo ao mesmo filme várias vezes, o ator principal pula para fora da tela e declara estar apaixonado por ela. Todo esse rebuliço mexe não só com o enredo do filme, mas também com toda hollywood, que fica enlouquecida a procura do personagem perdido.

É de 1985, e tem 84 minutos, muito criativo e cativante.

•Agora o mais recente, o "Tudo pode dar certo" (em inglês, Whatever works), é basicamente um filme no qual o main actor se relaciona com o público (algo meio machadiano? rsrs). De uma maneira que o alvo do filme se vê relacionado com a vida dele e tudo o que se passa na história. Boris Yellnikoff é um ex-físico, que quase ganhou um nobel, e acha que a vida é sem sentido e que as pessoas são todas, quase que uniformemente, estúpidas. Já tentou suícidio, uma vez que estava discutindo o relacionamento com sua ex-esposa gênio. Um dia chegando tarde da noite em casa de um encontro casual com alguns amigos, uma jovem, loira, linda, um esteriótipo comum da garota norte-americana do Mississipi , o aborda na entrada de casa. Seu nome é Melodie St. Ann Celestine. Ela acaba de fugir de casa e não tendo lugar para ficar, pede a ele abrigo. A entrada da garota na vida de Boris desencadeia uma série de acontecimentos, como a melhora de sua vida, e a mudança total da da mãe.

É de 2009, e pra quem gosta de muito sarcasmo, é uma boa escolha!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Geração beat, preciosidade para poucos. Foram os declamadores do amor levado pelos trens de carga, os poetas bêbados de 40, os amantes dos becos sem saída, e criaram para mim, minha surrealidade niilista. Tenho que agradecer a Jack Kerouac, a Neil Cassady, a Allen Ginsberg, e alguns mais pela inspiração, pela reviravolta de minha monotonia e pelas ideias flutuantes que pipocam numa mente jovem.

Aqui vai um poema do Ginsberg, retirado do livro "O uivo", um dos que me acalentam toda vez que penso em amor:

Canção

  O peso do mundo
            é o amor.
  Sob o fardo
            da solidão,
  sob o fardo
            da insatisfação
 
             o peso
o peso que carregamos
           é o amor.

  Quem poderia nega-lo?
          Em sonhos
nos toca
        o corpo,
em pensamentos
        constrói
um milagre,
        na imaginação
aflige-se
      até tornar-se
humano -

  sai para fora do coração
           ardendo de pureza -
pois o fardo da vida
        é o amor,

mas nós carregamos o peso
       cansados
e assim temos que descansar
nos braços do amor
       finalmente
temos que descansar nos braços
         do amor.

 Nenhum descanso
         sem amor,
 nenhum sono
        sem sonhos
de amor -
        esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
        ou por máquinas,
o último desejo
        é o amor
- não se pode ser amargo
        não pode ser negado
não poe ser contido
       quando negado:

o peso é demasiado

        - deve dar-se
sem nada de volta
       assim como o pensamento
é dado
         na solidão
em toda excelência
        do seu excesso.

Os corpos quentes
         brilham juntos
na escuridão,
         a mão se move
para o centro
        da carne,
a pele treme
         na felicidade
e a alma sobe
        feliz até o olho -

sim, sim,
        é isso o que
eu queria,
        eu sempre quis,
eu sempre quis
        voltar
ao corpo
        em que nasi.

San Jose, 1954

domingo, 7 de novembro de 2010

Bonjour!

Após uma árdua 2ª fase de enem (que por sinal tinha umas perguntas bem imbecis), com 45 questões de matemática, 45 de literatura+ inglês+ gramática e uma redação, aqui estou eu. Com os olhos ardendo por trás dos óculos por causa do intenso brilho da tela do computador e grandes olheiras expostas para quem quiser ver. O café anda me fazendo ficar tempo de mais acordada...
 Pois bem. Hoje quando me sentei no sofá para descançar um pouco,com a família reunida na sala, resolveram colocar um filme. Ai eu logo levantei a mão e disse " Vamos colocar um daqueles que meu amigo me emprestou!", quase que em coro o pessoal me diz instantaneamente um bem grande não. As palavras que usaram foram exatamente as seguintes: " Você só assiste esses filmes cabeça, e ninguém tá com paciência pra isso agora!".
 Me senti totalmente fora do contexto, mas como estava cansada de mais para argumentar (que além de tudo esses filmes meus ainda me relaxam), resolvi aceitar passivamente que colocassem mais um de seus filmes hollywoodianos que tanto gostam - porém admito que não são (minha família) um bando de totalmente alienados, e vejo um certo brilho neles -

Play. O filme era "A proposta", uma dessas comédias românticas bem comuns. É a história de uma editora chefe de livros que está para ser deportada para seu país natal, Canadá. Pra se livrar da deportação decide num lapso de desespero se casar com seu assistente, que até o momento não sabia de nada. Ele aceita, impondo algumas condições. A partir disso o enredo os leva a uma série de confusões e saias justas.

Tenho que admitir que as vezes esses filmes de garotinha me fazem pensar. Me fazem perceber algumas coisas que ficam presas no dia a dia, e acabo esquecendo. Esse por exemplo me lembrou de que eu esqueci de como é gostar de alguém. Esquecer ao ponto de não saber o que fazer, o que falar quando se está perto de uma pessoa que faz o frio na espinha correr. Esquecer ao ponto de me sentir confortável na situação que estou, e ainda assim ter vontade de chorar durante a noite e as lágrimas não descerem. E perceber também que na vida real nada corre tão incrivelmente bem como nos filmes. Afinal eu to aqui, e to sozinha.
 Pra quem quer dar algumas risadas, perceber algumas coisas, e assistir a um filme leve e tradicionalmente norte americano, essa é uma boa dica.


sábado, 6 de novembro de 2010

Bonjour les gens de la terre!

 Andei percebendo que vestibulando é um porre. São como as crianças da quinta série que acabam de se deparar com um esquema novo de grade escolar, e agora tem as aulas separadas cada uma com um professor, assim acaba lhes dando a impressão de serem superiores ao pessoal da quarta série, da qual acabaram de sair.
 Assim eles são, mudando perceptivamente de vida, estudando como japoneses, tomando mais liberdade, correndo pra se inscrever em suas respectivas faculdades. O  terceiro ano do ensino médio pode sim ser comparado a quinta série, onde acham que são o mais alto nível de maturidade escolar, mesmo alguns ainda fazendo parte mentalmente do ensino fundamental.
 E como sou uma, hoje vou comentar sobre o enem. Acabo de chegar da primeira fase, com dor de cabeça de tanto ler e particularmente irritada com um cara que sentou atrás de mim, que bem, digamos que era bem fortinho e batia o pé frenéticamente no chão. No chão, e eu tremia.
 Na lousa da classe haviam as instruções, e as fiscais lá escreviam o horário de meia em meia hora já que a burocracia tirou também o direito de usar o relógio. O relógio, o lápis e a borracha. 
 E sim pessoas, o exame nacional do ensino médio que já foi tão conceituado e costumava fazer as pessoas tremerem na base, cometeu enganos terríveis esse ano! Novamente... Apesar de não serem tão ruins quanto o ano passado como a história do vazamento da prova. Esse ano os competentes analistas que fizeram a avaliação repetiram questões e confundiram alguns números da prova amarela em alguns estados, também inverteram o gabarito. Aposto que já abriram novas vagas para este cargo nesse exato momento.
Agora, voltando a minha prova em particular, nunca vi nessa minha vida uma concentração tão grande de Moniques em um só lugar. Estava eu quietinha na minha carteira, lendo um livro totalmente apropriado para a situação ( Hell, Lolita Pille), quando começou a enxurrada de mim mesma morro a baixo, a cada nome chamado eu achava que era eu e me desconcentrava ainda mais. A prova foi uma distração só, penso sériamente em consultar um médico por achar que tenho um leve défcite de atenção. Tive fome, vontade de ir ao banheiro, dor de cabeça e sono. Opinião pessoal: odeio essas formas primitivas de avaliação. Vou me render agora a ansiedade desumana que me consome e conferir o gabarito pelo uol. Que a força esteja comigo.

Ó  força em tudo presente, fazei-nos vencer o lado negro nas lutas com
o sabre de luz, amor e sabedoria, conquistando um universo em harmonia.


rsrs

 
 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Is there anybody in there?

São 19:24 no horário de verão, o que significa que ainda deveria estar claro. Porém deu no jornal que hoje iria chover horrores, e acho que dessa vez eles acabaram acertando. O céu escureceu quase totalmente em cinco minutos, o vento aumentou fazendo farfalhar o toldo rasgado da minha sacada. Enquanto percebia tudo isso conversava com um amigo sobre o enem, e cheguei a conclusão de que isso poderia ser um aviso dos deuses a mim, do tipo: VOCÊ TÁ PERDIDA! É... o fim do ano está ai, junto com suas milhares de provações que o aluno tem que prestar, para provar se realmente aproveitou bem ou nao o período escolar. Catracas, metodologias desfuncionais, e um pouco de alcatraz em cada centro de aprendizagem em massa pelo mundo.

 Agora aos motivos:
Resolvi ressucitar este blog pelo fato de que descobri que minha escrita é mutante. Ela depende do meu estado de espírito: As vezes é crônica, as vezes poética, as vezes não suporto digitar e ponho tudo no papel, as vezes uso a máquina de escrever, as vezes escrevo cartas, as vezes só assino a lista de presença. No geral decidi que aqui haverá um amontoado de coisas que leio, assisto, visto, observo, vivo. E não apagarei posts antigos pois sei da importância deles, e que acima de tudo são palavras com certo teor de sentimento e racionalidade, não dá pra abandonar assim a si mesmo.Será uma grande resenha de partes isoladas da minha vida que se encaixam bem.
Não vou utilizar das formalidades convencionais de apresentação, deixo no ar meu nome (Monique). E o resto vem com o tempo. Afinal, não trabalho com números, o tempo passa e você nem sente se realmente está gostando.

Hoje, por ser o primeiro post dos novos, comentarei sobre um filme que assisti outro dia,o nome é: O ataque dos tomates assassinos. É de 1978, e o diretor é John de Bello. O filme foi produzido na época em que a popularidade de hollywood estava em alta, e os diretores achavam que os filmes de terror produzidos até então eram o top. Sendo assim, esse foi um dos vários filmes que surgiram como "sátiras", dos até então terrores da época (que agora são colocados como "trash" ou "horror trash").

 É basicamente um terror com muita comédia e pitadas musicais. Pode ser levado por isso, como um filme inteligente e absurdo ao mesmo tempo, agradando ao público que curte.
O que se passa é o seguinte: Os pequenos e inocentes tomates que as pessoas costumavam colocar em suas saladas começaram a realizar uma série de assassinatos. Sim, tomates de verdade. O número de vítimas dos tomates só aumenta e eles parecem ser impossíveis de parar, quando o governo resolve juntar uma equipe -em sigilo- para tentar resolver a situação. Para isso foram selecionados alguns agentes que estavam a disposição no momento: um especialista em disfarces, uma medalhada olímpica de natação, um especialista em missões subaquáticas e um homem de acção, que parece ter tudo na sua mochila.
 Daí a história se desenrola, com muito sangue e suco de tomate.
É uma boa dica para quem quer ficar em casa no fim de semana, com um baldão de pipoca e seus óculos grandes de grau.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Do fim ao princípio
Aquele gosto amargo da minha boca se aconchega tragando a noite
A lua me leva, tão serena e calmamente
Os dias e noites são como ondas que passam despercebidas
Passo por um ponto baixo, me escondo num banheiro sujo
As gotas caem sem ao menos dizer o porquê
Com o vento a acariciar o rosto, as lágrimas secam antes mesmo de cair
Quem tá só, se só está, não significa que também não o seja
Sou por tão pouco, me deixa louco
Caminho, caminho, caminho e cá estou eu de novo
Me perdoem por isso, é o que não posso evitar
Se corre dentro de mim, minhas entranhas sempre souberam que seria assim
Boa noite
Ainda não é hora de dizer adeus.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Feliz- idade

Para um bebê, recém-nascido talvez, não haja maior felicidade do que estar ao seio de sua mãe, alimentando- se na sua fonte da vida, recebendo o que ela pode-lhe dar de melhor para o seu fisiológico.
Para uma criança de três anos, não há felicidade maior do que estar entre seus semelhantes na ponta de um escorregador ou no topo de um banco de areia. Haverá felicidade maior para alguém aos nove anos, descobrir um universo totalmente novo a partir das palavras, e ler tudo o que lhe é possível?
A primeira bicicleta, a primeira boneca, o primeiro boné, o primeiro batom... O primeiro beijo. A primeira grande paixão, devastadora de pensamentos e destruidora de estomagos.
Ter o prazer de viver histórias, contadas pouco a pouco, de dia em dia, de semana em semana. Sair da casa dos pais é um motivo de grande alegria aos vinte, conversas intermináveis nos bares ruins e autênticos, não tendo horário para voltar pra casa e vendo a lua se movimentar no céu a noite toda.
Os trinta, quarenta, cinquenta, sessenta passando e se dissertando, talvez até com alguém para compartilhar a convivência.
Aos setenta, ter a alegria de compartilhar vivências, mostrar aos netos tatuagens quase verdes, vencidas pelo tempo, a calmosidade do dia mudando de cor, o orgulho dos branquinhos, agora já tomando conta da cabeça.
As rugas podem ser tomadas como a experienca; os ossos fracos, por elas vividas; a mente esquecida, é apenas auto-seletiva agora, ajudando assim a esquecer os namorados ruins do passado; O nariz agora maior, serve para sentir melhor o cheiro do bolo que a vizinha está preparando.
As histórias são vistas por olhos diferentes, e quem os vê os fazem ser ser assim. Mas a intensidade das palavras de quem conta faz cada fato se tornar único e desnorteante. Cada conto traz uma carga imensa de vida; E não sendo descartado como só mais um, multiplicado por todos os outros contos de uma vida inteira, pode ser denominado de felicidade.
"Dentro dum poá, em dúvida, quanto tempo mais de morte me aguarda? Acordei e estava quente, o sangue cortava as veias correndo rápido. BUM. Dor no peito, na cabeça, na alma. Os médicos não explicam, e dizem que foi por pouco. Acho que acabei de ter um ataque da alma. Despragmático: desprovido de pragas almáticas .
Doces pequenos perigosas sensações. Depois disso, só não me deixe desnotíciada."

ue amsem

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Insetos interiores

Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou - se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Tentou levantar-se atordoado mas percebeu que estava com o casco voltado para baixo. Era uma barata. Não tinha controle sobre seu próprio corpo naquela posição, suas pernas balançavam freneticamente no alto, se sentia frio e indiferente. Depois de alguns maus minutos agitados finalmente conseguiu sair daquela posição, colocou as asas pra cima e as patas para baixo.
A cama parecia interminável aos seus olhos, sentia-se como os que achavam que a terra era plana. Sabia de sua nova condição,apenas não a compreendia. Apenas... como se fosse uma questão de resposta fácil. Não lembrava da noite anterior, esquecia-se até do que estava fazendo antes de dormir e acordar transformado tão insólitamente. Conseguia pensar claramente, via tudo na sua frente, os pensamentos prostrados em estantes altas que podiam ser escaladas e facilmente abertas pela sua curiosidade. Era fácil. Podia ter tudo o que quisesse. Agora se sentia um gênio pois podia rever fatos, narrar histórias, esclarecer as dúvidas que tivesse sobre o que havia feito a vida toda.
Foram longos momentos de devaneios, um abre e fecha de gavetas interminável. Gregor estava pensando incessantemente, sua cabeça começava a doer quando realizou algo tremendamente importante. Seus medos mais fortes, suas piores vertigens, seu pesadelo estava vivo. Ele não tinha mais insetos interiores; Ele ERA um inseto exterior. Podia ver claramente por dentro, mas o que tinha a temer estava do lado de fora agora, aguardando para ataca-lo quando estivesse distraido. Seus medos não eram mais o amor, a desesperança crônica do amanhã ou talvez preocupações diárias. Ele podia muito bem tratar com segurança disso agora que tinha tudo a sua disposição a qualquer hora que quisesse.
Criara novos medos. Tinha que se preocupar com chinelos, inseticidas e pés em geral. Precisaria se dedicar mais ao ato da observação. Já estava se acostumando a não ter mais aflições. Bem quando tudo finalmente fazia sentido e já tinha muitas respostas percebeu que seus medos não tinham ido embora. Apenas haviam transfigurado-se em algo igualmente assustador. Substancialmente perigoso.
Gregor agora era frio, tornara-se neurótico e paranóico. Deixara de lado seus anseios pelo sentido da vida; Que poderia estar ali, logo na próxima gaveta. Tornara-se mecanizado, sempre executando as mesmas ações rápidas e arriscadas. Sua vida voltara a ser monótona e tediosa. Preocupava-se apenas com o exterior.
Um dia, cansado de umas boas corridas que andava fazendo dentro de alguns boeiros sujos foi parar dentro de uma casa desconhecida. Estava assustado, como sempre, era um lugar novo, grande e limpo. Por um momento se deixou levar pela calmosidade do local, caminhava lentamente apreciando os ajulejos brancos reluzentes quando de repente PLAFT!
Gregor morreu ali, daquele jeito. Estressado, paranóico, rabugento e neurótico.
Sua morte o levou a um novo começo, quando piscou os olhos assustado. Tocou-se, apalpou-se, apertou-se. Não estivera sonhando, disso tinha certeza. Não sabia a quanto tempo estava fora de si. Talvez estivesse em coma. Talvez fosse um devaneio. Talvez, sua imaginação agindo inconcientemente. Gregor acabara de acordar novamente para a vida, e sabia que dentro de si estavam de novo todos os seus insetos interiores.