quinta-feira, 16 de abril de 2009

red5- Crônica reflexiva ou narrativa sobre mitos que não sejam mais validos na sociedade.

Inocência

O ano era 1955. Uma criança entra no ônibus, não estava mal vestida, trajava roupas simples e um pouco surradas, mas ainda assim não estava mal vestida.
Logo em seguida entra seu pai, um homem alto e bem afeiçoado. O motorista aponta-lhes lugares marcados logo que entram. Eram negros.
A criança estava alegre, corria de um lado para o outro, e insistia em querer sentar na área que era demarcada para brancos. Seu pai tentava conte-lo, mas seus esforços eram em vão.
O motorista só observava pelo espelho retrovisor, e quando o menino finalmente sentou em um dos bancos, ele freou o ônibus tão bruscamente que a criança caiu no chão. Desesperado o pai foi acudi-la, logo o motorista levantou-se e começou a gritar com os dois, a chingar e por fim os fez sair do transporte.
Já na calçada muito confuso com o que tinha acontecido o menininho perguntou ao pai: - Papai, porque ele fez isso conosco?
O pai respondeu: - Ah meu filho! Estes homens estão andando de mãos dadas com o preconceito, e ele os tem embaçado cadavez mais a visão.
Surpreso, o garoto disse: - Mas pai, se esse tal preconceito tem tirado-lhes a visão, porque continuam andando com ele?
O pai disse com a maior calma: - Com a visão debilitada, eles não conseguem ver o que fazem meu filho...
O garoto ainda sem entender bem o que o pai tentava lhe explicar, disse com uma inocência que é privilégio das crianças: - Então, quando eu for grande e ganhar muito dinheiro, vou comprar óculos para todas as pessoas que andarem com esse tal preconceito, assim elas verão melhor com quem estão andando!

NA: Em teoria, não era para o preconceito existir mais, porém algumas pessoas já estão cegas.

3 comentários:

  1. muito bom!!!! por acaso é uma das práticas de redação da apostila objetivo? kkkk igualzinho!!!

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  2. HAhsahshah, pode crer, apostila do Obj

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